A segunda edição do Sul Fashion Week terminou no domingo e o grande diferencial desta edição foi a participação de marcas expressivas (Uma, Iódice, Huis Clos, Doc Dog, Folic, Richards e Maria Garcia) em busca de relacionamento com o mercado da região sul. Além disso, o Sul Fashion Week confirma a proposta de um evento completo, com espaço para negócios, desfiles e uma programação educativa, para atender às necessidades dos diferentes nichos que compõem o setor. Durante esta edição os representantes das marcas também encontraram possibilidades para fortalecer a imagem e efetivar os lançamentos no mercado. A presença de marcas de acessórios também fortaleceu o salão de negócios, complementando ao mix de produtos oferecidos pelo evento. A plataforma de informação de moda foi outro ponto positivo desta edição. As palestras e oficinas foram organizadas para atingir públicos distintos como estudantes, confeccionistas, compradores e outros profissionais da área.
Os desfiles levaram em três noites cerca de 1600 pessoas ao Museu de Arte de Santa Catarina. No line-up, marcas de todo o país dividiram o palco com representantes da moda internacional, um diferencial do Sul Fashion Week. A Maria Garcia é a estreante na semana de moda do Sul. A segunda marca de Clô Orozco apresentou florais e formas estruturadas e retas, inspiradas nos anos 1960 e 1970.
A Ésh, nova marca das estilistas Joice Alano e Karin Leida, trabalhou com o tema “paixão” por meio de peças que destacam o contraste de texturas leves e pesadas, as transparências e as estampas de arabescos e florais cor de sangue.
A Iriá mostrou uma coleção inspirada nos clássicos do cinema e filmes Noir com destaque para o preto e tons fortes como o violeta e alaranjados.
A Zazo & Brull trouxe para a passarela uma coleção que retrata a história da rainha das borboletas e o reino de súditas negras com a conceitual “Industructible”. As peças, quase todas na cor preta, surgem em extravagantes modelos estruturais.
A MarcusSoon, conceitual grife, mostrou uma retrospectiva da marca, exibindo as peças mais marcantes da carreira da dupla.
A marca Anna Karenina mostrou uma coleção com peças que remetem ao passado. No inverno da grife há o orientalismo dos anos 1920, brilhos variados, a nostalgia dos anos 1950 e os toques masculinos da década 1970.
O segmento de jeanswear foi representado pela Brix que mostrou uma coleção com base na cultura urbana para atender o estilo contemporâneo de homens e mulheres.
ANDE – com Kamola Rustamova e Sara Ostos. Duas estilistas da Asociación de Nuevos y Jovenes Diseñadores Españoles – ANDE vieram especialmente ao Sul Fashion Week. Kamola mostrou uma coleção com matéria prima totalmente artesanal.
Já Sara Ostos mostrou a essência de um delicado jardim com vestidos em shapes arredondados ou em linha A, com babados nas golas, mangas ou barras.
A inspiração de Celaine Refosco para a coleção Estudio Orbitato é a superpopulação do planeta. A cartela de cores vai do branco ao preto, transitando entre o magenta, azul, amarelo, verde, laranja e marrom.
Argentina Fashion Week – com Marcelo Senra, Teresa Calandra e Jorge Ibañez. Os representantes da moda argentina participam do Sul Fashion Week para reforçar a troca de informação e o intercâmbio de talentos. Marcelo Senra mostrou uma coleção de formas retas e soltas com detalhes de um do trabalho manual aplicado às peças.
Calandra propôs a sofisticação clássica para a mulher contemporânea. Couro, jérsei de algodão, gabardine, cetim e seda são as principais apostadas da estilista.
Jorge Ibañez, que finalizou os desfiles do evento, apresentou uma série de longos, produzidos principalmente em seda. A marca destaca a alta costura com tempero latino.
Fotos: Pedro Caetano
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